sábado, 28 de setembro de 2013

O "Farmville" da vida real em Portugal

PLANTAR ALFACE NA INTERNET E RECEBÊ-LA EM CASA
 
É uma espécie de quinta Web 2.0, mas com versão real. Em breve, vai ser possível cultivar fruta e legumes sem sair do sofá. O projeto pioneiro chega do Politécnico de Beja.
 
Cómodo, rápido, simples e económico. A partir de agora é possível plantar alfaces, tomates, pepinos ou melões, sem sair de casa e sem sujar as mãos.

É uma espécie de quinta tecnológica, gerida à distância de um clique. Basta escolher os produtos, onde e como vão ser plantados, e a equipa do MyFarm encarrega-se de executar no terreno todas as tarefas. E quando os produtos estiverem prontos a ser colhidos ainda os entregam em casa.

«Os consumidores podem ver o que é que estão a cultivar, o resultado das decisões que tomam e, dessa forma, garantem que aquilo que mandaram semear tem qualidade», explica Luís Luz, coordenador do projeto.

Além de poderem acompanhar os trabalhos na horta, em tempo real, também têm aconselhamento técnico. «Vamos ajudar os clientes a gerir a sua horta para que não sejam surpreendidos e tenham, por exemplo, alfaces a mais no seu espaço», continua.

Nos terrenos do Centro Horto-frutícola do Instituto Politécnico de Beja é privilegiado o cultivo de produtos da época. Há 20 parcelas para ocupar, cada uma com 7x7 metros, sendo que metade já tem dono, adianta o coordenador do projeto. «Pelos testes que fizemos o ano passado, uma parcela dará para satisfazer as necessidades semanais de uma família de quatro pessoas», continua o docente do Politécnico de Beja.

Alugar um espaço de cultivo terá o custo de 25 euros por mês. Acrescem as despesas de manutenção da horta, como as fresagens, plantações, regas ou colheitas. Os promotores do MyFarm garantem, no entanto, que o custo final dos produtos será «inferior ou semelhante» àqueles que são praticados nas superfícies comerciais.

Nesta fase inicial, o MyFarm está a aceitar candidaturas de consumidores só da cidade de Beja. O projeto deverá arrancar no próximo mês. está a aceitar candidaturas de consumidores só da cidade de Beja. O projeto deverá arrancar no próximo mês.

O objetivo é levar estas quintas tecnológicas a outros pontos do país, sobretudo aos centros urbanos, onde estão os «potenciais clientes». Primeiro Évora, depois Setúbal e Lisboa. «O objetivo é que sejam os alunos a implementar o projeto noutros locais», adianta Luís Luz. E, a julgar pelo interesse demonstrado no projeto, trabalho não vai faltar à equipa do MyFarm, formada por alunos de Agronomia e Engenharia do Ambiente.

O projeto nasce na sequência da iniciativa Hort@ n@ net. O objetivo é dar a oportunidade a pessoas que vivem em meios urbanos de terem uma horta real. Clique aqui para aceder ao Myfarm

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